A ISO – International Organization for Standardization (Organização Internacional para Normatização) é uma entidade independente e não governamental, que através de seus membros, compartilham e desenvolvem padrões, com inovação e soluções para os desafios globais.
No Brasil, os Documentos Técnicos Internacionais publicado por instituições como a ISO, são adotados conforme as regras da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e são nomeados como NBR (Norma Brasileira).
Foi assim com aISO 31000:2018 Risk Management – Guidelines, catalogada como ABNT NBR ISO 31000 Gestão de Riscos – Diretrizes, após projeto de consulta nacional e adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação à versão original no idioma inglês. A norma vigente é a segunda edição, que cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR ISO 31000:2009).
Organizações de todos os tipos e tamanhos enfrentam diariamente incertezas sobre o atingimento de seus objetivos, sejam por fatores internos ou externos. Quando falamos em gestão de riscos, o objetivo é alertar as organizações de que estratégias precisam ser estabelecidas para que, com decisões fundamentadas, os objetivos organizacionais possam ser alcançados.
Batizada de ISO 31000, esta norma surgiu da necessidade de harmonizar padrões, regulamentações e frameworks publicados anteriormente e que de alguma forma estão relacionados com a gestão de riscos.
A norma fornece diretrizes, com abordagem comum a qualquer organização, para gerenciar os riscos enfrentados pelas organizações. O documento descreve princípios, estrutura e processos para o melhor gerenciamento dos riscos corporativos.
PRINCÍPIOS
Conforme a norma, o propósito da gestão de riscos é a criação e proteção de valor através dos seguintes princípios:
- Integrada: A gestão de riscos deve ser parte integrante de todas as atividades da organização.
- Estruturada e abrangente: Uma abordagem que contribui para resultados consistentes e comparáveis.
- Personalizada: Alinhada aos objetivos da organização.
- Inclusiva: Que permita o envolvimento apropriado e oportuno dos stakeholders (partes interessadas), resultando numa melhor conscientização e gestão de riscos fundamentada.
- Dinâmica: A gestão de riscos antecipa, detecta, reconhece e responde às mudanças e eventos de uma maneira apropriada e oportuna.
- Melhor informação disponível: As entradas para a gestão de riscos são baseadas em informações históricas e atuais, bem como em expectativas futuras. Tais informações devem ser oportunas, claras e disponíveis para as partes interessadas.
- Fatores humanos e culturais: Devem ser sempre observados e considerados pois, influenciam significativamente todos os aspectos da gestão de riscos em cada nível e estágio.
- Melhoria contínua: A gestão de riscos é melhorada continuamente por meio do aprendizado e experiências.
ESTRUTURA
A norma também recomenda que a organização tenha uma estrutura de gestão de riscos que englobe integração, concepção, implementação, avaliação e melhoria da gestão de riscos. Deve ser efetuada uma avaliação de forma a identificar lacunas dentro da estrutura organizacional, que de alguma forma, não estejam cobrindo os processos voltados à gestão de riscos.
A Alta Direção e os órgãos de supervisão devem assegurar que a gestão de riscos está integrada em todos os níveis e atividades da organização, demonstrando liderança e comprometimentocom o assunto.
PROCESSO
O processo de gestão de riscos envolve o estabelecimento de políticas, procedimentos, controles e práticas para as atividades de comunicação e consulta, estabelecimento do contexto e avaliação, tratamento, monitoramento, análise crítica, registro e relato de riscos. Convém que este processo seja parte integrante da gestão e tomada de decisão, integrado à estrutura e operação da empresa, em todos os níveis.
Assim como em diversos modelos de trabalho e melhores práticas, para a implementação do gestão de riscos de acordo com a norma ISO 31000, é fundamental ter o apoio (patrocínio) e direcionamento da Alta Administração e dos Conselhos. É um grande desafio integrar boas práticas e a cultura de riscos em suas operações diárias, de forma que seja totalmente absorvida por todos os níveis da organização.
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Fonte:
- Gestão de Riscos – Diretrizes – ABNT NBR ISO 31000 – segunda edição 28.03.201
- Lançada a nova versão da norma ISO 31000 – Gestão de Riscos
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